Grande
parte dos textos utilizados pelas bancas examinadoras é extraída de periódicos.
A linguagem jornalística possui suas especificidades e por isso resolvi postar
uma série de questões de interpretação de texto orientadas por essa
linguagem.
1.
(Unicamp 2013) A experiência que comprovou
a existência da partícula conhecida como bóson de Higgs teve ampla repercussão
na imprensa de todo o mundo, pelo papel fundamental que tal partícula teria no
funcionamento do universo. Leia o comentário abaixo, retirado de um texto
jornalístico, e responda às questões propostas.
Por alguma razão, em língua portuguesa
convencionou-se traduzir o apelido do bóson como
“partícula de Deus” e não “partícula Deus”,
que seria a forma correta.
(Folha de
São Paulo, São Paulo, 05/07/2012, Caderno Ciência, p. 10.)
a) Explique a diferença sintática que se
pode identificar entre as duas expressões mencionadas no trecho reproduzido:
“partícula de Deus” e “partícula Deus”.
b) Explique a diferença de
sentido entre uma e outra expressão em português.
2.
(Pucrj 2013) Texto 1
Apesar de consideradas pela crítica, durante
muito tempo, uma manifestação menor da literatura, as narrativas de viagem
viveram momentos de glória no passado. Inúmeros escritores se dedicaram ao
gênero, e eram muitos os leitores aficionados pelos relatos de aventuras. Na
forma de diários, memórias ou simplesmente impressões de viagens, os textos
surgiam aos borbotões, nos séculos XVIII e XIX, ora inspirados pelo Velho, ora
pelo Novo Mundo, expressando sempre o olhar fascinado, a curiosidade e o desejo
do viajante de deixar registrada a sua experiência, que ele julgava ímpar.
Na Europa, os destinos mais buscados eram a
Alemanha, a Itália e a Espanha, fosse pela mitologia, pela glória passada ou
pela profusão de ruínas históricas. 1E não importava se a viagem
durasse semanas, meses ou anos; interessava relatá-la e assim se inscrever na
tradição do gênero. Dentre os mais ilustres viajantes, Goethe, Mme. de Stäel,
Victor Hugo, Michelet, Lamartine e Mérimée foram autores que incentivaram
outros escritores a também excursionar e a escrever sobre as novas terras.
A América foi igualmente pródiga em inspirar
viajantes - em sua maioria pintores, botânicos, naturalistas, arqueólogos ou
simples aventureiros -, ainda que a maioria não tivesse pretensões literárias e
quisesse apenas fazer anotações acerca da geografia, fauna e flora tropical das
novas terras.
Octavio Ianni, em A metáfora da viagem,
afirma que a história dos povos “está atravessada pela viagem”, não importa se
real (se ocorre o deslocamento geográfico, espacial e temporal), ou metafórica
(sem o deslocamento físico, mas apenas o sensível ou sensorial), pois toda
sociedade trabalha a viagem, “seja como modo de descobrir o ‘outro’, seja como
modo de descobrir o ‘eu’”. A viagem destina-se, portanto, a ultrapassar
fronteiras, a demarcar as diferenças e as semelhanças entre os povos.
E, se consideramos as condições em que os
deslocamentos eram realizados, as enormes distâncias, o desconforto de navios,
carros de bois e ferrovias, além dos perigos de toda natureza a que estavam
sujeitos, causa espanto encontrar tantas mulheres, dentre os viajantes, que
ousaram deixar a segurança de seus lares, suas famílias e enfrentar o
preconceito, as novas fronteiras, o desconhecido.
DUARTE,
Constância Lima; MUZZART, Zahidé Lupinacci. Pensar o outro ou quando as mulheres viajam.
Revista Estudos Feministas. vol.16 n.3. Florianópolis. Setembro/dezembro. 2008.
Apresentação. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2008000300018&script=sci_arttext>.
Acesso em: 12 ago. 2012.
Texto 2
Espalham-se, por fim, as sombras
da noite.
O sertanejo que de nada cuidou,
que não ouviu as harmonias da tarde, nem reparou nos esplendores do céu, que
não viu a tristeza a pairar sobre a terra, que de nada se arreceia,
consubstanciado como está com a solidão, para, relanceia os olhos ao derredor
de si e, se no lagar pressente alguma aguada, por má que seja, apeia-se,
desencilha o cavalo e reunindo logo uns gravetos bem secos, tira fogo do
isqueiro, mais por distração do que por necessidade.
Sente-se deveras feliz. Nada lhe
perturba a paz do espírito ou o bem-estar do corpo. Nem sequer monologa, como
qualquer homem acostumado a conversar.
1Raros são os
seus pensamentos: ou rememora as léguas que andou, ou computa as que tem que
vencer para chegar ao término da viagem.
No dia seguinte, quando aos
clarões da aurora acorda toda aquela esplêndida natureza, recomeça ele a
caminhar, como na véspera, como sempre.
Nada lhe parece mudado no firmamento:
as nuvens de si para si são as mesmas. 2Dá-lhe o Sol, quando muito,
os pontos cardeais, e a terra só lhe prende a atenção, quando algum sinal mais
particular pode servir-lhe de marco miliário na estrada que vai trilhando.
TAUNAY,
Visconde de. Inocência. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000002.pdf>. Acesso
em: 20 set. 2012.
a) Com base na frase abaixo,
extraída do texto 1, determine a diferença que se estabelece entre os dois
empregos da palavra se.
“E não importava se a viagem durasse semanas, meses ou anos;
interessava relatá-la e assim se inscrever na tradição do gênero.” (ref.
1)
b) Reescreva o período abaixo,
fazendo as alterações necessárias para atender ao que é proposto.
“Raros são os seus pensamentos: ou rememora as léguas que andou, ou
computa as que tem que vencer para chegar ao término da viagem.” (Texto 2 –
ref. 1)
Raros eram ___________________________________________________________.
c) Com relação à passagem “Dá-lhe
o Sol, quando muito, os pontos cardeais, e a terra só lhe prende a atenção”
(Texto 2 – ref. 2), explique por que o verbo dar encontra-se flexionado
na 3ª pessoa do singular.
3.
(Fuvest 2013) Leia o excerto.
Ninguém mais vive, reparou?
Vivencia. “Estou vivenciando um momento difícil”, diz Maricotinha. Fico
penalizado, mas ficaria mais se Maricotinha estivesse passando por ou vivendo
aquele momento difícil. Há uma diferença, diz o dicionário. Viver é ter vida,
existir. Vivenciar também é viver, mas implica uma espécie de reflexão ou de sentir.
Não é o caso de Maricotinha. O que ela quer dizer é viver, passar por. Mas
disse vivenciar porque é assim que, ultimamente, os pedantes a ensinaram a
falar.
Ruy Castro, Folha
de S. Paulo, 27 de junho de 2012. Adaptado.
a) Da personagem José Dias, diz o narrador
do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis: “José Dias amava os
superlativos. Era um modo de dar feição monumental às ideias; não as havendo,
servia a prolongar as frases”. Em que o comportamento linguístico de
Maricotinha, tal como o caracteriza o texto, se compara ao da personagem
machadiana?
b) Quem já _________________________ a
perda de um parente conhece a dor que estou sentindo. Preencha a lacuna da
frase acima, utilizando o verbo viver ou o verbo vivenciar, de
acordo com a preferência do autor do texto. Justifique sua escolha.
c) No trecho “os pedantes a ensinaram a
falar”, a palavra “pedante”, considerada no contexto, pode ser substituída por __________________________.
4.
(Fuvest 2013) Leia o texto.
Ditadura /
Democracia
A diferença entre uma
democracia e um país totalitário é que numa democracia todo mundo reclama,
ninguém vive satisfeito. Mas se você perguntar a qualquer cidadão de uma
ditadura o que acha do seu país, ele responde sem hesitação: “Não posso me
queixar”.
Millôr
Fernandes, Millôr definitivo: a bíblia do caos.
a) Para produzir o efeito de humor que o
caracteriza, esse texto emprega o recurso da ambiguidade? Justifique sua
resposta.
b) Reescreva a segunda parte do texto (de
“Mas” até “queixar”), pondo no plural a palavra “cidadão” e fazendo as
modificações necessárias.
5.
(Unicamp 2013) Leia.
NOITE DE
AUTÓGRAFOS
Ivan Ângelo
A leitora, vistosa, usando
óculos escuros num ambiente em que não eram necessários, se posta diante do
autor sentado do outro lado da mesa de autógrafos e estende-lhe o livro, junto
com uma pergunta:
– O que é crônica?
O escritor considera
responder com a célebre tirada de Rubem Braga, “se não é aguda, é crônica”, mas
se contém, temendo que ela não goste da brincadeira. (...) Responde com aquele
jeito de quem falou disso algumas vezes:
– É um texto de escritor,
necessariamente de escritor, não de jornalista, que a imprensa usa para pôr um
pouco de lirismo, de leveza e de emoção no meio daquelas páginas e páginas de
dados objetivos, informações, gráficos, notícias... É coisa efêmera: jornal
dura um dia, revista dura uma semana.
Já se prepara para escrever
a dedicatória e ela volta a perguntar:
– E o livro de crônicas,
então?
Ele olha a fila,
constrangido. Escreve algo brevíssimo, assina e devolve o livro à leitora
(...). Ela recebe o volume e não se vai, esperando a resposta. Ele abrevia,
irônico:
– É a crônica tentando
escapar da reciclagem do papel. Ela fica com ambição de estante, pretensiosa,
quer status literário. Ou então pretensioso é o autor, que acha que ela
merece ser salva e promovida. (...)
– Mais respeito. A crônica
é a nossa última reserva de estilo.
(Veja São
Paulo, São Paulo, 25/07/2012, p. 170.)
efêmero: de pouca duração;
passageiro, transitório.
A certa altura do diálogo, a leitora
pergunta ao escritor que dava autógrafos:
“– E o livro de crônicas,
então?”
a) A pergunta da leitora incide sobre uma
das características do gênero crônica mencionadas pelo escritor. Explique que
característica é esta.
b) Explique o funcionamento da palavra então
na pergunta em questão, considerando o sentido que esta pergunta expressa.
6.
(Unicamp 2013) Reproduzimos abaixo a
chamada de capa e a notícia publicadas em um jornal brasileiro que apresenta um
estilo mais informal.
Governo quer fazer a galera
pendurar a chuteira mais tarde
Duro de parar Como a vovozada vive até
mais tarde, a intenção, agora, é criar regra para aumentar a idade mínima
exigida para a aposentadoria; objetivo é impedir que o INSS quebre de vez Página 12
Descanso mais longe
O brasileiro tá vivendo
cada vez mais – o que é bom. Só que quanto mais ele vive, mais a situação do
INSS se complica, e mais o governo trata de dificultar a aposentadoria do
pessoal pelo teto (o valor integral que a pessoa teria direito de receber
quando pendura as chuteiras) – o que não é tão bom.
A última novidade que já tá
em discussão lá em Brasília é botar pra funcionar a regra 85/95, que diz que só
se aposenta ganhando o teto quem somar 85 anos entre idade e tempo de
contribuição (se for mulher) e 95 anos (se for homem).
Ou seja, uma mulher de 60
anos só levaria a grana toda se tivesse trampado registrada por 25 anos
(60+25=85) e um homem da mesma idade, se tivesse contribuído por 35 (60+35=95).
Quem quiser se aposentar
antes, pode – só que vai receber menos do que teria direito com a conta
fechada.
(notícia JÁ,
Campinas, 30/06/2012, p.1 e 12.)
a) Retire dos textos duas marcas que
caracterizariam a informalidade pretendida pela publicação, explicitando de que
tipo elas são (sintáticas, morfológicas, fonológicas ou lexicais, isto é, de
vocabulário).
b) Pode-se afirmar que certas expressões
empregadas no texto, como “tá” e “botar”, se diferenciam de outras, como
“galera” e “grana”, quanto ao modo como funcionam na sociedade brasileira. Explique
que diferença é essa.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
As
descontroladas
As primeiras mulheres que
passaram na calçada da Rio Branco chamavam-se melindrosas. Eram um tanto
afetadas, com seu vestido de cintura baixa e longas franjas, mas a julgar por
uma caricatura célebre de J. Carlos tinham sempre uma multidão de almofadinhas
correndo atrás. O mundo, cem anos depois, mudou pouco no essencial. Diz-se
agora que o homem “corre atrás do prejuízo”. De resto, porém, a versão nacional
do assim caminha a humanidade segue o mesmo cortejo de sempre pela Rio Branco —
com o detalhe que as mulheres trocaram as franjas pelo cós baixo da calça da
Gang. E, evidentemente, não são mais chamadas de melindrosas.
Elas já atenderam por vários
nomes. Uma “uva” era aquela que, de tão suculenta e bem-feita de curvas, devia
abrir as folhas de sua parreira e deliciar os machos com a eternidade de sua
sombra. 1Há cem anos as mulheres que circulam pela Rio Branco já
foram chamadas de tudo e, diga-se a bem da verdade, algumas atenderam. Por aqui
3passou o “broto”, o “avião”, o “violão”, a “certinha”, o “pedaço”,
a “deusa”, a “boazuda”, o “pitéu”, a “gata” e tantas outras que podem não estar
mais no mapa, como as mulatas do Sargentelli, mas já estão no Houaiss
eletrônico. Houve um momento que, de tão belas, chegaram a ficar perigosas.
Chamavam-nas “pedaço de mau caminho” ou “chave de cadeia”. Algumas, de carne
tão tenra, eram “frangas”.
Havia, de um modo geral, um
louvor respeitoso na identificação de cada um desses tipos que sucederam as
melindrosas. Gosto de lembrar daquela, ali pelo início dos 60, que era um
“suco”. Talvez porque sucedesse o tipo de “uva” e fosse tão aperfeiçoada no
inevitável processo de evolução da espécie que já viesse sem casca e,
principalmente, sem os caroços. Sempre prontinhas para beber. De uns tempos
para cá, quando se pensava que na esquina surgiria um vinho de safra especial,
a coisa avinagrou. As mulheres ficam cada vez mais lindas mas os homens, na
hora de homenageá-las, inventam rótulos de carinho duvidoso. O “broto”, o
“violão” e o “pitéu” na versão arroba ponto com 2000 era a “popozuda”. Depois,
software 2001, veio a “cachorra”, a “sarada”. Pasmem: era elogio. Algumas
continuavam atendendo.
Agora está entrando em cena,
perfilada num funk do grupo As Panteras — um rótulo que, a propósito, notou a
evolução das “gatas” —, a mulher do tipo “descontrolada”. (...). Não é
exatamente o que o almofadinha lá do início diria no encaminhamento do eterno
processo sedutivo, mas, afinal, homem nenhum também carrega mais almofadas para
se sentar no bonde. Sequer bondes 2há. Já fomos “pães”. Muito doce,
não pegou. Somos todos lamentáveis “tigrões” em nossa triste sina de matar um
leão por dia.
Elas mereciam verbetes melhores,
que se lhes ajustassem perfeitos, redondos, como a tal calça da Gang. A língua
das ruas anda avacalhando com as nossas “minas”, para usar a última expressão
em que as mulheres foram saudadas com delicadeza e exatidão — dentro da mina,
afinal, 4cabe tanto a pepita de ouro como a cavidade que se enche de
pólvora para explodir e destruir tudo o que estiver em cima.
A deusa da nossa rua, que sempre
pisou os astros distraída, não passa hoje de “tchutchuca marombada” ou
“popozuda descontrolada”. É pouco para quem caminha nas pedrinhas portuguesas
como se São Pedro fosse sobre as águas bíblicas. Algumas delas, uvas do vinho
sagrado, santas apenas no aguardo da beatificação vaticana, provocando ainda
maior alvoroço, alumbramento e estupefação dos sentidos.
JOAQUIM
FERREIRA DOS SANTOS
O que as mulheres procuram na bolsa: crônicas.
Rio de Janeiro: Record, 2004.
7.
(Uerj 2013) Observe os verbos
sublinhados nas passagens abaixo, todos no singular:
Há cem anos as mulheres que circulam pela Rio Branco
já foram chamadas de tudo (ref. 1)
Sequer
bondes há. (ref.
2)
Por aqui passou
o “broto”, o “avião”, (...)
e tantas outras que podem não estar mais no mapa, (ref. 3)
dentro da
mina, afinal, cabe tanto a pepita de ouro como a cavidade que se enche
de pólvora (ref.
4)
Explique, com base nas regras de concordância
da norma padrão, por que, nesses exemplos, o verbo haver fica sempre no singular, e por que passar e caber poderiam
estar no plural: passaram e cabem.
TEXTO PARA AS
PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
Tempo: cada
vez mais acelerado
Pressa. Ansiedade. E a sensação
de que nunca é possível fazer tudo — além da certeza de que sua vida está
passando rápido demais. Essas são as principais consequências de vivermos num
mundo em que para tudo vale a regra do “quanto mais rápido, melhor”. “Para nós,
ocidentais, o tempo é linear e nunca volta. Por isso queremos ter a sensação de
que estamos tirando o máximo dele. E a única solução que encontramos é
acelerá-lo”, afirma Carl Honoré. “É um equívoco. A resposta a esse dilema é
qualidade, não quantidade.”
Para James Gleick, Carl está
lutando uma batalha invencível. “A aceleração é uma escolha que fizemos. Somos
como crianças descendo uma ladeira de skate. Gostamos da brincadeira,
queremos mais velocidade”, diz. O problema é que nem tudo ao nosso redor
consegue atender à demanda. Os carros podem estar mais rápidos, mas as viagens
demoram cada vez mais por culpa dos congestionamentos. Semáforos vermelhos
continuam testando nossa paciência, obrigando-nos a frear a cada quarteirão. 1Mais
sorte têm os pedestres, que podem apertar o botão que aciona o sinal verde —
uma ótima opção para despejar a ansiedade, mas com efeito muitas vezes nulo. Em
Nova York, esses sistemas estão desligados desde a década de 1980. Mesmo assim,
milhares de pessoas o utilizam diariamente.
É um exemplo do que
especialistas chamam de “botões de aceleração”. Na teoria, deixam as coisas
mais rápidas. Na prática, servem para ser apertados e só. Confesse: que raios
fazemos com os dois segundos, no máximo, que economizamos ao acionar aquelas
teclas que fecham a porta do elevador? E quem disse que apertá-las, duas,
quatro, dez vezes, vai melhorar a eficiência?
Elevadores, aliás, são ícones da
pressa em tempos velozes. Os primeiros modelos se moviam a vinte centímetros
por segundo. Hoje, o mais veloz sobe doze metros por segundo. E, mesmo
acelerando, estão entre os maiores focos de impaciência. Engenheiros são
obrigados a desenvolver sistemas para conter nossa irritação, como luzes ou
alarmes cuja única função é aplacar a ansiedade da espera. Até onde isso vai?
SÉRGIO
GWERCMAN
Adaptado de <super.abril.com.br>.
8.
(Uerj 2013) O texto apresenta palavras
de dois especialistas – Carl Honoré e James Gleick – como defensores de
opiniões diferentes em relação à aceleração do tempo.
Explicite, sem transcrever
partes do texto, a opinião de cada um deles acerca desse tema.
9.
(Uerj 2013) O autor do texto aborda uma
situação que diz respeito a toda a sociedade, envolvendo tanto ele como o
leitor.
Nomeie a marca linguística empregada para
indicar a inclusão do autor e dos seus leitores na situação. Em seguida,
transcreva um trecho que exemplifique sua resposta.
10.
(Uerj 2013) Mais sorte
têm os pedestres, que podem apertar o botão que aciona o sinal verde (ref. 1)
No fragmento, é empregada uma expressão que
pode ser considerada irônica, se for relacionada ao conjunto do 2º parágrafo.
Transcreva do fragmento a
expressão que configura a ironia e explique por que essa expressão é irônica.
Link para questões de outras disciplinas: http://araoalves.blogspot.com.br/2013/03/questoes-discusivas-com-gabarito.html
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