1.
(Ufes 2012) REDAÇÃO
TEXTO 1
Alguém parte, daqui,
Alguém parte, daqui,
e o ônibus acende a saída.
O olhar espreita o insuspeito;
o caminho é farto, o ponto deserto.
Teu nome nebuloso se espalha
pelos escaninhos da estrada
entre o que se conhece e o que,
longe e desconhecido, se entrevê.
Alguém parte, sim, de alhures.
(Paulo Roberto Sodré)
TEXTO 2
Campainhada
As duas ou três vezes que me abriram
A porta do salão onde está gente,
Eu entrei, triste de mim, contente —
E à entrada sempre me sorriram...
(Mário de Sá-Carneiro)
O poema de Paulo Roberto Sodré trata de
partida – de alguém de algum lugar (“alhures”). Já o de Mário de Sá-Carneiro
trata de chegada, do abrir a porta depois de uma “campainhada”.
Abordando a temática Partida e Chegada,
elabore um texto narrativo de ficção, em que o narrador descreva o transcorrer
de uma viagem de ônibus e a recepção ao(s) viajante(s).
Resposta:
O texto narrativo apresenta um conjunto de
ações centradas num conflito vivido pelos personagens e contadas por um
narrador que vai fornecendo ao leitor as respostas “onde”, “quando”, “como” e
“com quem aconteceu determinado episódio”. Assim, os elementos que não devem
faltar na composição do texto são: foco narrativo (1ª ou 3ª pessoa),
personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante), narrador
(narrador-personagem, narrador-observador), tempo (cronológico e psicológico) e
espaço.
2.
(Unicamp 2012) Imagine que, ao navegar em
uma página da internet especializada em orientação vocacional, você encontra um
fórum criado por concluintes do Ensino Médio para discutir o que
leva uma pessoa a investir na profissão de cientista. Um dos
participantes do fórum, que se autonomeia Estudante Paulista, postou o gráfico
reproduzido abaixo e escreveu o seguinte comentário:
Às 15h42, Estudante Paulista escreveu:
Vejam este gráfico! Ele mostra o resultado
de uma pesquisa sobre o interesse de estudantes de vários lugares do mundo pela
carreira científica. Vocês não acham que essa pesquisa reflete muito bem a
realidade? Eu, por exemplo, sempre morei em São Paulo e nunca pensei em ser
cientista!
Você decide, então, participar da discussão,
postando um comentário sobre a mesma pesquisa, em resposta à
pessoa que assina como Estudante Paulista. No comentário, você deverá:
• fazer uma análise do gráfico, sugerindo o que
pode ser concluído a partir dos resultados da pesquisa;
• posicionar-se frente à opinião do Estudante
Paulista, levando em conta a análise que você fez do gráfico.
Respostas de estudantes de vários países à
pergunta “Gostaria de ser cientista?”, apresentadas em escala de 1 a 4. Quanto
maior o número, maior a quantidade de respostas positivas. Em destaque, os
índices dos municípios brasileiros de Tangará da Serra (MT) e São Caetano do
Sul (SP).
(Adaptado de Ciência Hoje, n. 282, vol. 47, jun. 2011, p. 59.)
Resposta:
O gráfico revela que quanto
maior o desenvolvimento do país, menor o interesse pela carreira científica. A
situação brasileira, representada através de pesquisas realizadas em São Paulo
e Mato Grosso, confirma essa realidade, pois os estudantes paulistanos
demonstram menos interesse nessa área que os matogrossenses.
3.
(Fgv 2012) Leia com atenção os
seguintes textos:
Texto I
O filósofo brasileiro Paulo
Arantes apresenta e discute uma tendência sociológica – corrente nos Estados
Unidos e em países europeus desenvolvidos – que acredita que está ocorrendo uma
“brasilianização do mundo”. Segundo essa opinião, o Brasil estaria se
convertendo em um modelo social para o mundo, mas um modelo negativo: nas
últimas décadas, até países ricos estariam apresentando um quadro “brasileiro”,
cujos traços principais seriam: favelização das cidades, insegurança
generalizada, precarização (“flexibilização”) do trabalho, distanciamento maior
entre centro e periferia, “jeitinho” (brasileiro) para negociar com a norma
etc.
Assim, para a referida tese
da “brasilianização”, o Brasil seria “o país do futuro”, só que de um futuro
que promete mais regressão e anomia social.
Paulo Arantes.
“A fratura brasileira do mundo”. Zero à esquerda. S. Paulo, Conrad,
2004.
Texto II
O antropologo brasileiro
Roberto da Matta assim reagiu a essas teses da “brasilianização do mundo”:
“O uso da expressão
brasilianização para exprimir um estado de injustiça social me deixa ferido e preocupado.
De um lado, nada tenho a dizer, pois a caracterização é correta. De outro,
tenho a dizer que o modelo de Michael Lind exclui várias coisas. A hierarquia e
a tipificação da estrutura social do Brasil indicam um modo de integração
social que tem seus pontos positivos. Nestes sistemas, conjugamos os opostos e
aceitamos os paradoxos da vida com mais tranquilidade. Seria este modo de
relacionamento incompatível com uma sociedade viável em termos de justiça
social? Acho que não. Pelo contrário, penso que talvez haja mais espaço para
que estes sistemas híbridos e brasilianizados sejam autenticamente mais
democráticos que estas estruturas rigidamente definidas, nas quais tudo se faz
com base no sim ou no não. Afinal, entre o pobre negro que mora na periferia e
o branco rico que mora na cobertura há muito conflito, mas há também o
carnaval, a comida, a música popular, o futebol e a família. Quero crer que o
futuro será mais dessas sociedades relacionais do que dos sistemas fundados no
conflito em linhas étnicas, culturais e sociais rígidas. De qualquer modo, é
interessante enfatizar a presença de um estilo brasileiro de vida como um
modelo para os Estados Unidos. É sinal de que tem mesmo água passando embaixo
da ponte.”
Idem. p. 60.
Adaptado.
Texto III
Por sua vez, o compositor e
escritor Jorge Mautner posicionou-se, quanto à mesma questão, da seguinte
maneira:
A minha trajetória de vida
me faz interpretar o Brasil pela forma radical da amálgama. Essa é a pedra
fundamental do século 21. A amálgama é miscigenação, mas vai além: é ela que
possibilita ao brasileiro reinterpretar tudo de novo em apenas um segundo, e
mais ainda, a absorver pensamentos contrários, atingindo o caminho do meio, que
era o sonho de Lao Tsé, do Buda e de Aristóteles.
É por causa dessa
importância tremenda que teremos a Olimpíada e a Copa aqui. Ou o mundo se
brasilifica ou vira nazista. Até o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, é
amálgama também: ele já foi pai de santo, faz descarrego. É quase umbanda!
Depoimento a
Morris Kachani. Artur Voltolini. (Colaboração para a Folha de S. Paulo).
Adaptado.
Tendo em conta as ideias acima apresentadas,
redija uma dissertação em prosa sobre o tema Brasil: um modelo positivo ou
negativo para o mundo?, argumentando de modo a deixar claro seu ponto
de vista.
Resposta:
O tema solicitado deve responder claramente
à questão “Brasil: um modelo positivo ou negativo para o mundo?” e referendado
com argumentos persuasivos e coerentes com a tese defendida. Três textos de
apoio fornecem subsídios para encaminhamento da proposição inicial e apresentam
considerações que auxiliam a justificar a posição tomada. O texto I informa o
leitor sobre a posição do filósofo brasileiro Paulo Arantes, que interpreta a
“brasilianização” do mundo sob um prisma negativo. Segundo ele, o Brasil
estaria convertendo-se em paradigma de regressão, pois a precariedade
socioeconômica provoca situações comportamentais e éticas contraditórias e
criticáveis. O texto II apresenta a tese de Roberto da Matta, também filósofo
brasileiro, que destoa do anterior, pois considera positiva a coexistência dos
opostos flagrantes na sociedade brasileira, um sistema híbrido mais democrático
e tolerante e compatível com justiça social. Por fim, o depoimento do
compositor e escritor Jorge Mautner atribui à miscigenação de culturas da
sociedade brasileira a capacidade de rápida adaptação e resposta aos desafios
típicos de mundo globalizado, marcado pela heterogeneidade, em oposição a
perigosos sistemas autoritários já conhecidos na história da humanidade. Assim,
a tese inicial deveria optar entre uma visão positiva, em que as diferenças
culturais conduziriam a uma sociedade tolerante e democrática na construção de
um mundo mais justo, ou negativa, apontando as características perniciosas que
são veiculadas frequentemente nos Estados Unidos e na Europa.
4.
(Unicamp 2012) Imagine-se na posição de um
leigo em informática que, ao ler a matéria Cabeça nas nuvens,
reproduzida abaixo, decide buscar informações sobre o que chamam de computação
em nuvem. Após conversar com usuários de computador e ler vários textos
sobre o assunto (alguns dos quais reproduzidos abaixo em I, II e III), você
conclui que o conceito é pouco conhecido e resolve elaborar um verbete para
explicá-lo. Nesse verbete, que será publicado em uma enciclopédia on-line
destinada a pessoas que não são especializadas em informática,
você deverá:
• definir computação em nuvem, fornecendo
dois exemplos para mostrar que ela já está presente em atividades realizadas
cotidianamente pela maioria dos usuários de computador;
• apresentar uma vantagem e uma desvantagem que a
aplicação da computação em nuvem poderá ter em um futuro próximo.
Cabeça nas
nuvens
Quando foi convidado para participar da
feira de educação da Microsoft, Diogo Machado já sabia que projeto desenvolver.
O estagiário de informática da Escola Estadual Professor Francisco Coelho Ávila
Júnior, em Cachoeiro de Itapemirim (ES), estava cansado de ouvir reclamações de
alunos que perdiam arquivos no computador. Decidiu criar um sistema para salvar
trabalhos na própria internet, como ele já fazia com seus códigos de
programação. Dessa forma, se o computador desse pau, o conteúdo ficaria seguro
e poderia ser acessado de qualquer máquina. A ideia do recém-formado técnico em
informática se baseava em clouding computing (ou computação em nuvem),
tecnologia que é a aposta de gigantes como Apple e Google para o armazenamento
de dados no futuro. Em três meses, Diogo desenvolveu o Escola na nuvem (escolananuvem.com.br),
um portal em que estudantes e professores se cadastram e podem armazenar e
trocar conteúdos, como o trabalho de matemática ou os tópicos da aula anterior.
As informações ficam em um disco virtual, sempre disponíveis para consulta via web.
(Extraído de Galileu, no. 241, ago. 2011, São Paulo: Editora
Globo, p. 79.)
I
“Você quer
ter uma máquina de lavar ou quer ter a roupa lavada?”
Essa pergunta resume de forma brilhante o
conceito de computação em nuvem, que foi abordado em um documentário
veiculado recentemente na TV.
(Adaptado de
http://toprenda.net/2010/04/computacao-em-nuvem-voce-ja-usa-e-nem-sabia.)
II
Vamos dizer que você é o executivo de uma
grande empresa. Suas responsabilidades incluem assegurar que todos os seus
empregados tenham o software e o hardware de que precisam para
fazer o seu trabalho. Comprar computadores para todos não é suficiente – você
também tem de comprar software ou licenças de software para dar
aos empregados as ferramentas que eles exigem. Em breve, deve haver uma
alternativa para executivos como você. Em vez de instalar uma suíte de
aplicativos em cada computador, você só teria de carregar uma aplicação. Essa
aplicação permitiria aos trabalhadores logar-se em um serviço baseado na web
que hospeda todos os programas de que o usuário precisa para o seu
trabalho. Máquinas remotas de outra empresa rodariam tudo – de e-mail a
processador de textos e a complexos programas de análise de dados. Isso é
chamado computação em nuvem e poderia mudar toda a indústria de
computadores. Se você tem uma conta de e-mail com um serviço baseado na web,
como Hotmail, Yahoo! ou Gmail, então você já teve
experiência com computação em nuvem. Em vez de rodar um programa de e-mail no
seu computador, você se loga numa conta de e-mail remotamente pela web.
(Adaptado de
Jonathan Strickland, Como funciona a computação em nuvem.Disponível em
http://informatica.hsw.uol.com.br/computacao-em-nuvem.htm.)
III
A simples ideia de determinadas informações
ficarem armazenadas em computadores de terceiros (no caso, os fornecedores de
serviço), mesmo com documentos garantindo a privacidade e o sigilo, preocupa
pessoas, órgãos do governo e, principalmente, empresas. Além disso, há outras
questões, como o problema da dependência de acesso à internet: o que fazer
quando a conexão cair? Algumas companhias já trabalham em formas de sincronizar
aplicações off-line com on-line, mas tecnologias para isso ainda
precisam evoluir bastante.
(Adaptado de O que é Cloud Computing? Disponível em:
http://www.infowester.com/cloudcomputing.php.)
Resposta:
Chama-se de
“computação em nuvem” ao novo sistema que permite o armazenamento de dados em
um servidor central que disponibiliza o seu acesso ao usuário de internet de
qualquer lugar e a qualquer hora. Ao acessar emails, seja do Gmail, do Yahoo,
do Msn ou de outro qualquer, já se está aplicando este conceito, uma vez que
estes dados não estão armazenados dentro do computador, mas sim em local
disponibilizado pelo servidor. O mesmo acontece quando se enviam vídeos para o
Youtube ou para o Videolog, ou ainda quando se disponibilizam fotos em sites de
imagens como o Picasa. Este sistema oferece a possibilidade do usuário não
ficar restrito ao ambiente local de computação nem dependente de softwares cuja
aquisição e manutenção exigem custos que oneram a sua utilização, pois a
maioria dos sistemas de computação em nuvem fornece essas aplicações
gratuitamente. A vantagem é que desse modo poderá visualizar a sua área de
trabalho de qualquer lugar do planeta através de computador, celular,
smartphone, ou outro dispositivo que esteja ligado à internet. No entanto,
algumas pessoas acreditam que a “computação em nuvem” não oferece segurança em
termos de privacidade e temem também que os seus dados possam ser destruídos e
nunca mais recuperados em caso de uma pane no servidor ou falha de conexão à
rede. Para prevenir este tipo de problema, os fornecedores deste serviço
costumam armazenar os dados em vários locais, de maneira a poderem recuperá-los
se algum problema ocorrer e desenvolvem tecnologias que venham, no futuro, a
garantir total privacidade de documentos cujo sigilo é considerado essencial,
tanto por órgãos do governo como por empresas privadas.
5.
(Uftm 2012) Leia os textos.
Texto 1
Protesto contra energia
nuclear reúne 10 000 no Japão
Milhares
de pessoas se reuniram neste sábado, em um distrito de Tóquio, para exigir uma
mudança na política do Japão sobre energia nuclear, após o terremoto e o
tsunami que provocaram a pior catástrofe atômica mundial desde Chernobyl, há 25
anos.
Sob
uma garoa, os manifestantes se encontraram em um parque de Shibuya. Muitos
seguravam cartazes com os dizeres: “nuclear é passado” e “queremos mudanças na
política energética”.
O
protesto ocorreu um dia após o primeiro-ministro, Naoto Kan, pedir a
paralisação das operações de uma usina nuclear, situada a sudoeste de Tóquio,
por ela estar próxima a uma falha geológica. O premiê teme um desastre como o
que ocorreu na unidade de Fukushima, em março.
Pobre
em recursos naturais, o Japão depende essencialmente do petróleo do Oriente Médio
e da energia nuclear. Após o vazamento de radiação da usina de Fukushima, que
forçou a retirada de 85 000 pessoas que moravam na região, o governo disse que
irá rever a política para esse tipo de recurso. Contudo, os políticos disseram
que não irão descartar a energia nuclear.
(http://veja.abril.com.br,
07.05.2011. Adaptado.)
Texto 2
AAEN – Associação de
Ambientalistas a favor da Energia Nuclear
A
AAEN começou em 1996 com Bruno Comby, autor do bestseller “Ambientalistas a Favor da Energia Nuclear”, após a publicação do seu
livro e da sua participação em vários debates na TV sobre o assunto.
A
AAEN considera que a oposição à energia nuclear, do ponto de vista ambiental, é
o grande engano e erro do século, resultado de falta de informação e
desconhecimento do assunto.
Se
for gerenciada adequadamente, a energia nuclear é uma energia muito limpa, não
emite nenhum gás poluente para a atmosfera, utiliza em sua construção um número
reduzido de materiais (por kWh) se comparada com a energia solar e eólica, produz
pequena quantidade de rejeitos (totalmente confinados) e não contribui para o
efeito estufa, pois não emite dióxido de carbono
ao contrário do
carvão, petróleo e gás.

(http://www.ecolo.org)
Os textos apresentam diferentes pontos de
vista quanto ao uso da energia nuclear, como fonte geradora de eletricidade, e
suscitam a reflexão sobre os riscos e benefícios dessa fonte de energia.
Partindo desse referencial e de seus conhecimentos sobre o assunto, elabore um
texto dissertativo, em norma-padrão da língua portuguesa, abordando o tema:
O homem deve continuar
usando a energia nuclear para a produção de energia elétrica?
Resposta:
Dois
textos divulgados na internet defendem posições antagônicas quanto ao uso da
energia nuclear e fornecem elementos para a elaboração da tese que deve
focalizar a defesa ou rejeição deste tipo de energia. O primeiro noticia uma
manifestação realizada no Japão para exigir mudanças na política energética do
país e que, entre outros, foi responsável pela grande tragédia de Fukushima. O
segundo emite esclarecimentos sobre a confiabilidade desse recurso energético
quando gerenciado adequadamente. A enumeração de pontos negativos pode servir
de base para a rejeição do uso da energia nuclear: dificuldade no armazenamento
de resíduos nucleares, emissão prolongada de radioatividade, interferência em
ecossistemas, custo elevado de construção e manutenção e grande risco de
acidentes. Para defender o uso desse tipo de recurso energético poderiam ser
citados os benefícios relativamente à fraca emissão de poluentes atmosféricos,
independência de sazonalidade climática, baixo impacto sobre a biosfera e maior
concentração de energia em espaços reduzidos. Na argumentação, as informações
constantes nos textos podem ser associadas às também expostas ao longo da prova
e depois complementadas com nomeação de ocorrências, fatos reais relacionados
com o tema. A conclusão deve acompanhar a posição inicial para responder
adequadamente à questão: O homem
deve continuar usando a energia nuclear para a produção de energia elétrica?
6. (Ufrn 2012) O Ministério da Educação e
Cultura (MEC) decidiu publicar um caderno especial, intitulado A EDUCAÇÃO DE
QUE PRECISAMOS, composto de uma seleção de artigos de opinião escritos por
vestibulandos 2012. Para a redação do artigo, o participante deverá
fundamentar-se, no mínimo, em dois desafios do século XXI, presentes no
esquema reproduzido abaixo.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Resposta:
O
artigo de opinião faz parte do gênero argumentativo, apresentando tese e
justificativas que convençam o leitor a aderir a uma ideia baseada em
impressões pessoais sobre um fato de interesse geral. A linguagem deve ser
adequada ao perfil do interlocutor e o conteúdo pode apresentar descrições detalhadas,
apelo emotivo através de verbos no imperativo, ironia e fontes de informações
precisas que garantam a veracidade do que é afirmado. O texto solicitado
deveria refletir uma opinião sobre, no mínimo, dois itens presentes no esquema
do enunciado para participar do caderno especial promovido pelo MEC, “A
educação de que precisamos”, composto de uma seleção de artigos de opinião de
vestibulandos 2012. Avanços científicos e tecnológicos, novas profissões e
novas formas de trabalho, tolerância, ética e diversidade, preservação da vida
na terra e novas formas de aprendizagem baseadas nas novas tecnologias da
informação e da comunicação constituem os temas específicos que seriam objetos
de análise. O mundo globalizado da sociedade do conhecimento, científico e
tecnológico, gerou mudanças significativas na área do trabalho e a atividade
produtiva passou a depender não só do conhecimento, como também da criatividade
e do empreendedorismo do trabalhador. Torna-se assim essencial que a educação
acompanhe estas mudanças, fornecendo ao educando todo o tipo de tecnologia para
desenvolvimento de habilidades e competências necessárias a um eficiente
desempenho profissional, como investimento de capital social em todas as áreas
do conhecimento. No entanto, a interdependência do mundo moderno gera a
consciência de que a tecnologia, meio ambiente e relações humanas estão
intimamente ligadas. Portanto, é prioritário que a educação reúna como condição
básica a harmonia entre as novas descobertas científicas, o desenvolvimento de
tecnologias de interesse da coletividade e a preservação da vida na Terra.
7.
(Acafe 2012) Boa parte das minorias
sociais e da sociedade civil organizada encontrou nas manifestações públicas um
modo de chamar atenção do governo. "Como nunca na história desse
país", marchas e paradas, que reúnem milhares de pessoas, são usadas como
plataformas atrativas do foco discursivo para os anseios desses grupos
"não ouvidos".
Disponível em:
<http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/06/15/marchada-maconha-debate-ou-baderna-924692133.asp>.
Acesso em: 28/10/2011. Adaptado.
Marchas e marchas
– reflexões sobre o tema
Nestes últimos dias estamos
vivendo a “febre das paradas”. É parada pela legalização da maconha, parada dos
bombeiros do Rio, parada pela liberdade de expressão, parada gay, parada dos
“evangélicos” – marcha para Jesus? – e ainda tem a parada de 7 de Setembro pela
independência do Brasil. Haja parada!
Disponível em:
<http://www.presbiteriodopantanal.com.br/portal/?p=280>. Acesso em
28/10/2011. Adaptado.
O STF decidiu, enfim, que o
artigo 5º da Constituição é legal, de forma que o direito constitucional de
livre expressão é um direito, e liberou as manifestações favoráveis à
legalização da cannabis, as marchas da maconha.
Ingrediente extra para
inflamar a marcha para Jesus que acontece esta quinta em São Paulo: porque a
livre expressão brasileira permite manifestações claras de intolerância e
preconceito, desde que não carregue insígnias muito vistosas, como suásticas em
camisas pretas: ser contra a criminalização da homofobia, usando camisetas com
Jesus, por exemplo, é tolerado – e até visto como um valor positivo, firmeza de
caráter, liberdade de culto.
Disponível em:
http://comportamentogeral.blogspot.com/2011/06/marchasparadas-velocidade.html.
Acesso em 28/10/2011. Adaptado.
Considerando o conteúdo dos textos acima, escreva uma redação na qual
você expõe e analisa o fenômeno das marchas e paradas, como movimentos
reivindicatórios ou de demonstração de força de determinada entidade de classe ou
religiosa, ou mesmo de movimentos corporativistas.
Resposta:
Três textos publicados na internet servem de apoio
para uma dissertação reflexiva que deve tematizar a utilização de marchas e
paradas com finalidade reivindicatória ou para demonstração de força por parte
de diversas entidades: classistas, religiosas ou corporativistas. O primeiro
comenta o fenômeno como uma nova arma para a manifestação de minorias que
dificilmente são ouvidas em outras instâncias. O segundo considera essas
manifestações excessivas, enumerando vários grupos que recentemente usaram esse
recurso para chamar a atenção do governo. O terceiro informa a posição do STF
relativamente ao assunto quando ratificou o princípio legal de que a livre
expressão é um direito do cidadão. No entanto, este último adverte que o
caráter subjetivo com que muitas vezes se considera legítimo o objeto dessas
reivindicações ignora o preconceito, muitas vezes só perceptível e punido
quando adquire posições extremas. Assim, o viés da tese poderia encaminhar-se
para a legitimidade deste tipo de manifestação, argumentando que, deste modo,
grupos discriminados adquirem visibilidade no painel social, chamam a atenção
para questões que não são divulgadas na mídia ou contrariam a versão por ela
apresentada. No sentido contrário, a rejeição a esse tipo de comportamento
poderia ser justificada: distúrbios no trânsito, ocorrência frequente de
confrontos violentos com outros usuários da via pública ou discriminação
ostensiva dos que não comungam das mesmas ideias. De qualquer forma, a
conclusão deve ser coerente com a postura inicial, resumindo os itens do
desenvolvimento ou parafraseando a tese.
8.
(Uff 2012) Leia os textos:
Texto I
A cidade como ambiente construído, como
necessidade histórica, é resultado da imaginação e do trabalho coletivo do
homem que desafia a natureza. Além de continente das experiências humanas, com
as quais está em permanente tensão, “a cidade é também um registro, uma
escrita, materialização de sua própria história”*. O seu livro de registro
preenche-se do que ela produz e contém: documentos, ordens, inventários, mapas,
diagramas, plantas baixas, fotos, caricaturas, crônicas, literatura... que
fixam a sua memória.
* ROLNIK, 1988,
p.9
GOMES, Renato
Cordeiro. Todas as cidades, a cidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p.23.
Texto II
De uma cidade, não aproveitamos as suas sete
ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas.
CALVINO, Italo.
As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p.44.
Texto III
A CIDADE
COMO LOGOMARCA
Embalada pelos projetos bilionários da Copa
do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro reinventa sua
imagem à feição dos sonhos de espectadores, consumidores, turistas. No
competitivo mercado global de metrópoles, a cidade anuncia suas vantagens e
mascara contradições. (...)
OS PONTOS CEGOS
DA IDEALIZAÇÃO
Antigos conflitos em jogo na construção de
um novo imaginário sobre o Rio
Os projetos bilionários vinculados ao par
Copa-Jogos Olímpicos, amplamente divulgados, reconstroem nesta cidade
acostumada à crise o imaginário de um futuro melhor. (...)
– Se queremos discutir um novo imaginário
sobre o Rio, primeiro temos que nos perguntar quem tem se apropriado do direito
de imaginar a cidade – diz o sociólogo Marcelo Burgos, professor da PUC-Rio. –
As populações de favelas, bairros populares, loteamentos não têm participado
desse debate. O volume de investimentos mobilizados exigiria uma discussão mais
ampla.
O Globo, Prosa & Verso,
06 ago 2011, p.1-2.
Texto IV
Viver em
comunidade é realidade no interior de São Paulo
TATIANA
ACHCAR
Porangaba (169 km a oeste de São Paulo)
possui um grupo especial de habitantes: 18 adultos e uma criança vivem em uma
comunidade autossustentável batizada de Parque Ecológico Visão Futuro, que
ocupa uma área de 70 hectares. Eles fazem as refeições juntos, compartilham as
salas de meditação e de TV, moram em casas comunitárias e trabalham na própria
comunidade.
O Visão Futuro é uma ecovila, cujo formato é
uma herança das comunidades alternativas dos anos 60. O conceito, porém, é
diferente daqueles usados pelos hippies*.
“As ecovilas respondem mais ao que as
pessoas de hoje querem e precisam, pois inovam constantemente em tecnologia e
em forma de governança”, diz a socióloga paulistana May East, que mora há 11
anos em Findhorn, no Reino Unido, a primeira ecovila do mundo. East é
consultora da GEN (Global Ecovillages Network ou Rede Global de Ecovilas) e
representa o movimento na ONU. “Para as Nações Unidas, as ecovilas são a revolução
do habitat”, diz ela.
“A autossustentabilidade vai ao encontro das
necessidades do presente sem comprometer a sobrevivência das gerações futuras.”
De acordo com dados da GEN, há cerca de 15 mil ecovilas espalhadas pelo mundo,
somando perto de 1 milhão de moradores. No Brasil, existem cerca de 30
comunidades, assessoradas pela Rede de Ecovilas das Américas, que dá suporte e
integra as comunidades do continente. Cada ecovila reúne até 2.000 pessoas
dispostas a criar estratégias para viver melhor, baseando-se em valores como o
respeito à natureza, a importância das relações interpessoais e a diversidade.
*O movimento hippie caracterizava-se por
reunir jovens que contestavam a ordem social vigente em comunidades que, sob o
lema “Paz e amor”, buscavam modos alternativos de vida, marcados pela comunhão
com a natureza, o antimilitarismo e a liberdade de comportamento.
Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u2237.shtml
Acessado em 05 ago 2011.
PROPOSTA
Cidades em que vivemos, cidades com que
sonhamos: como misturar os dados concretos da vida cotidiana com os sonhos dos
habitantes de uma cidade?
Os textos apresentados procuram responder a
essa questão. A partir deles e de sua vivência da cidade, constituída não só de
sua experiência de cidadão, mas também de leituras, conhecimentos, sonhos e
imaginação, escreva um texto dissertativo sobre o tema:
CIDADES: COMO HABITÁ-LAS
INSTRUÇÕES:
O texto será escrito em
prosa, na modalidade culta da língua portuguesa.
Desenvolva argumentação consistente e busque
coerência na organização e articulação entre as partes, deixando clara a
progressão das ideias. Se considerar adequado, sirva-se de exemplos e casos
concretos, mas não deixe de lado a argumentação em torno da proposta do tema,
inspirada nos textos apresentados. Use adequadamente os recursos de seleção
vocabular e confira ao texto estruturação sintático-semântica bem articulada
pelos recursos coesivos.
Resposta:
O tema proposto exige uma
análise sobre processos que se destinem a dar a uma cidade infraestrutura
eficiente, embelezamento e organização, levando em conta a realidade do
cotidiano, a conciliação dos diversos interesses dos que nela habitam e a
consciência da escassez de recursos naturais que assola o planeta. O texto
informa o leitor de que a cidade revela, através de inúmeros registros
históricos, as ações do homem que ali buscou incessantemente a satisfação de
seus anseios com soluções que visavam ao bem estar. A frase de Ítalo Calvino
que constitui o texto II reafirma essa opinião, sugerindo que a resposta para a
solução de problemas de urbanismo depende da análise e interpretação das
transformações ocorridas naquele espaço ao longo da sua história. O texto III
enumera diversas experiências de comunidades alternativas, ecovilas que se
espalharam no Brasil e no mundo e que, segundo a ONU, representam uma revolução
do habitat. Assim, o texto dissertativo deveria apresentar uma proposta que
levasse também em consideração a realidade do cotidiano do autor e os conhecimentos
adquiridos ao longo da sua formação escolar na defesa de projetos viáveis,
compatíveis com estratégias em que o respeito à natureza, a importância das
relações interpessoais e a diversidade fossem valorizadas.
9.
(Ufpr 2012) Leia
o texto abaixo.
Morreu Amy Winehouse e os moralistas de
serviço já começaram a aparecer. Como abutres que são. Não há artigo,
reportagem ou mero obituário que não fale de Winehouse com condescendência e
piedade. Alguns, com tom professoral, falam dos riscos do álcool e da droga e
dão o salto lógico, ou ilógico, para certas políticas públicas.
Amy Winehouse é, consoante o gosto, um
argumento a favor da criminalização das drogas; ou, então, um argumento a favor
de uma legalização controlada, com o drogado a ser visto como doente e
encaminhado para a clínica respectiva. O sermão é hipócrita e, além disso,
abusivo.
Começa por ser hipócrita porque este tom de
lamentação e responsabilidade não existia quando Amy Winehouse estava viva e,
digamos, ativa. Pelo contrário: quanto mais decadente, melhor; quanto mais
drogada, melhor; quanto mais alcoolizada, melhor. Não havia jornal ou televisão
que, confrontado com as imagens conhecidas de Winehouse em versão zoombie, não
derramasse admiração pela 'rebeldia' de Amy, disposta a viver até o limite.
Amy não era, como se lê agora, uma pobre
alma afogada em drogas e bebida. Era alguém que criava as suas próprias regras,
mostrando o dedo, ou coisa pior, para as decadentes instituições burguesas que
a tentavam "civilizar". E quando o pai da cantora veio a público
implorar para que parassem de comprar os seus discos – raciocínio do homem: era
o excesso de dinheiro que alimentava o excesso de vícios – toda a gente riu e o
circo seguiu em frente. Os moralistas de hoje são os mesmos que riram do
moralista de ontem.
Mas o tom é abusivo porque questiono,
sinceramente, se deve a sociedade impor limites à autodestruição de um ser
humano. A pergunta é velha e John Stuart Mill, um dos grandes filósofos
liberais do século 19, respondeu a ela de forma inultrapassável: se não há dano
para terceiros, o indivíduo deve ser soberano nas suas ações e na consequência
das suas ações. Bem dito. Mas não é preciso perder tempo com filosofias. Melhor
ler as letras das canções de Amy Winehouse, onde está todo um programa: uma
autodestruição consciente, que não tolera paternalismos de qualquer espécie.
O tema "Rehab", aliás, pode ser
musicalmente nulo (opinião pessoal) mas é de uma honestidade libertária que
chega a ser tocante: reabilitação para o vício? Não, não e não, diz ela. Três
vezes não.
Respeito a atitude. E, relembrando um velho
livro de Theodore Dalrymple sobre a natureza da adição (Junk Medicine:
Doctors, Lies and the Addiction Bureaucracy), começa a ser hora de olhar
para o consumidor de drogas como um agente autônomo, que optou
autonomamente pelo seu vício particular – e, em muitos casos, pela sua
destruição particular.
(PEREIRA
COUTINHO, João. “Sermão ao Cadáver”, www.folhaonline.com.br – acesso 25 jul
2011.)
A sociedade deve
impor limites à autodestruição de um ser humano? Num texto de 10 a 12 linhas,
discuta essa questão, ponderando a respeito da descriminalização das drogas.
Seu texto deverá levar em consideração a argumentação de Coutinho.
Resposta:
O tema da
dissertação argumentativa deve abordar a imposição de limites à autodestruição,
levando em conta as opiniões de Pereira Coutinho divulgadas no texto “Sermão ao
Cadáver”. Segundo o autor, a imprensa comportou-se de forma paternalista e
hipócrita quanto à morte de Amy Winehouse, ora com argumentos a favor da
criminalização das drogas, ora a favor de uma legalização controlada,
incoerente com a exaltação da atitude rebelde da cantora, sempre destacada,
quando estava viva. Das citações de John Stuart Mill e de Theodore Dalrymple,
deduz-se que Pereira Coutinho é sensível à tese de que, se não há danos para
terceiros, o indivíduo deve ser soberano nas suas ações e a sua opção pelo
vício particular deve ser respeitada. A partir desta análise, a tese deveria
encaminhar-se no sentido de referendar esta opinião, opor-se a ela ou assumir
uma posição intermediária que delegasse ao usuário a opção de reverter a sua
condição através de tratamento adequado e disponibilizado pelo Estado. O
insucesso no combate ao narcotráfico poderia ser argumento para defesa da
descriminalização das drogas e a violência desencadeada pelo consumo
descontrolado, para os que veem na descriminalização um convite ao uso
excessivo. Finalmente, a possibilidade de se proporcionar acesso a centros
especializados de recuperação ao usuário de drogas que voluntariamente o
aceitasse poderia ser referendada com demonstrações de que projetos sociais de
cunho imediatista normalmente não apresentam resultados satisfatórios e de que
deve haver ações públicas, conjuntas e coordenadas, para uma possível solução a
médio e longo prazo.
10.
(Upf 2012) REDAÇÃO
Escolha um dos temas apresentados e elabore
sua redação de acordo com as orientações apresentadas para cada tema.
Tema 1
Nos últimos anos, as atenções das
autoridades se voltaram para o crack.
(...) Mas enquanto todos os discursos são para combater o uso da pedra branca,
um outro mal, o álcool, avança silenciosamente, atingindo principalmente
crianças e adolescentes. Vários fatores fazem com que o consumo de cerveja,
vinho, uísque e outras bebidas aumente consideravelmente entre os jovens.
Um estudo da Secretaria Nacional de
Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, traz uma informação
assustadora: o primeiro gole ocorre entre os 11 e os 13 anos. O mesmo levantamento
mostra que 42% dos estudantes dos ensinos médio e fundamental ingeriram bebida
alcoólica nos últimos 12 meses.
Correio
Braziliense – Caderno Cidades. Disponível em:
http://www.uniad.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10542:o-perigoso-uso-precoce-do-alcool&catid=29:dependencia-quimicanoticias&Itemid=94.
Acesso em: 04/10/2011. (texto adaptado para esta prova)
Por meio de um texto
dissertativo-argumentativo, discuta a questão relativa ao consumo de álcool
por parte de adolescentes.
Tema 2
A população brasileira vive, hoje, em média,
68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em
2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de
pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos.
A importância dos idosos para o País não se
resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte deles hoje
são chefes de famílias nas quais a renda média é superior, inclusive, à renda
daquelas chefiadas por adultos não idosos. Segundo o Censo 2000, 54,5% dos
idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam.
Texto adaptado
de http://bancodeprofissionais.com/guiaidoso/18.htm
Produza um texto dissertativo-argumentativo
sobre o novo perfil dos idosos brasileiros e os reflexos dessa mudança no
âmbito social e/ou familiar.
Resposta:
TEMA 1
O artigo
publicado em Correio Braziliense e disponibilizado em versão eletrônica serve
de base para exploração do tema que focaliza a preocupação com o consumo de
álcool entre as camadas mais jovens da população, alertando ainda que a faixa
etária em que o jovem se inicia nessa prática é cada vez mais baixa. A
dissertação poderia abordar as possíveis causas deste fenômeno e alertar para
as devidas consequências. A necessidade de inserção em grupo de amigos, o custo
baixo da bebida e a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que
contêm álcool, assim como a ausência de limites em círculos sociofamiliares,
podem explicar o fato de os adolescentes entrarem em contato com as bebidas
alcoólicas cada vez mais cedo. Muitos deles desenvolverão dependência no futuro
e serão vítimas de doenças físicas e psíquicas, mas antes estarão sujeitos a
alteração de memória e perda de reflexos, tornando-se vulneráveis a acidentes
de trânsito e a situações de violência que não poderão controlar. Na conclusão,
o papel formador da família em laços estreitos com um ambiente escolar em que
se discuta coletivamente o assunto, bem como divulgação de áreas culturais,
esportivas e de lazer para fomentar atividades que ocupem os tempos livres dos
jovens poderão abrir perspectivas de solução para que se inverta a situação
divulgada no artigo.
TEMA 2
O artigo publicado no site bancodeprofissionais.com informa que a
camada social composta por pessoas com mais de 60 anos aumentou
consideravelmente a ponto de ser necessário rever procedimentos de caráter
público que se revelem adequados aos novos parâmetros. O tema da dissertação
reflexiva deve levar em conta os dados divulgados sobre o novo perfil dos
idosos brasileiros e os reflexos dessa mudança no âmbito social e/ou familiar.
O artigo chama a atenção para o fato de muitos deles serem sustentáculo de
sobrevivência para os filhos, o que invalida conceitos estereotipados de que o
idoso é um ônus para os parentes e para a sociedade. Assim, garantir a
qualidade de vida desta população, além de uma obrigação moral e ética, é
também uma aplicação de capitais na sociedade brasileira como um todo. Se por
um lado é necessário investimento para a melhoria de condições deste grupo
(construção de rampas e calçadas bem cuidadas, transporte público com recursos
especiais para pessoas com restrições de mobilidade, colocação de banheiros em
espaços públicos e facilidade de acesso a assistência emergencial), por outro
não se pode depreciar o poder aquisitivo desta parcela social que muitas vezes
distribui os seus recursos econômicos para outros membros da família. Ou seja,
as rendas e os capitais dos idosos não são usufruídos apenas por eles, de modo
que as suas decisões de consumo, de poupança e de investimento afetam toda a
sociedade brasileira.
Link para questões de outras disciplinas:
Nenhum comentário:
Postar um comentário